A falácia do Pentecostalismo
Ainda são muitos os Cristãos que, infelizmente, estão convencidos que falar línguas, curar enfermos, expulsar demónios, e todas as demais manifestações associadas a Pentecostes, são práticas aprovadas por Deus para os nossos dias. O estudo que lhe disponibilizamos a seguir será uma ajuda para perceber a realidade dos factos. Leia-o como os "nobres" Bereanos, que "de bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim" (Actos 17:11). O LUGAR DISPENSACIONAL DOS SINAIS MIRACULOSOS
As verdades que temos estado a considerar afectam vitalmete a nossa vida prática como membros do Corpo de Cristo e o nosso serviço para ele, pois se não compreendermos com clareza a mensagem e o programa de Deus para a presente dispensação, como é que poderemos servi-l’O com eficácia?
A confusão que prevalece na Igreja deve-se grandemente à ignorância e até indiferença quanto a estes assuntos. Quantos é que entre o povo de Deus estão nos nossos dias tentando servi-l’O, sem antes terem procurado saber o que é que, com exactidão, Ele deseja e quer que façam! Sim, mesmo entre os que confiam sinceramente em Cristo como Salvador, há muitos que ainda se estão a esforçar inutilmente para estabelecer o Seu reino na terra, enquanto outros esforçam-se para possuir alguns ou mesmo todos os poderes miraculosos de Pentecostes, insistindo todos na prática da ordenança do baptismo na água, não obstante serem incapazes de concordar entre si quanto a quem deva ser baptizado, ou como, ou porque se deve baptizar.
Muitos, incluindo alguns crentes que, de facto, nasceram de novo, procuram perpetuar os milagres e sinais de Jesus de Nazaré. A maioria encontra-se num estado de completa ignorância sobre o que a Palavra de Deus diz.
Deus, hoje, fala apenas pelas Escrituras. Se quisermos conhecer a vontade de Deus para nós temos de a conhecer apenas nas páginas do Seu Livro Santo. É verdade que, na Bíblia, temos o registo de muitas curas, milagres, sinais e maravilhas. Contudo, se estes buscadores de sinais estudarem, de facto, a Palavra de Deus, e a manejarem bem, descobrirão que com a rejeição da nação de Israel, Deus abandonou o Seu programa de sinais e introduziu a presente dispensação da graça de Deus, que é uma dispensação desprovida de sinais. Paulo é claro, quando diz aos Coríntios e a nós: «... andamos por fé, e não por vista» (2 Cor. 5.7).
OS SINAIS MIRACULOSOS
Enquanto a mensagem esteve a ser proclamada a Israel, como nação, os sinais encontravam-se em evidência, pois «os Judeus pedem sinal» (I Cor. 1.22). Eles requeriam sinais, e faziam-no correctamente, pois a s suas escrituras do Velho testamento tinham predito o facto de que quando o Messias viesse estabelecer o Seu reino, os sinais, os milagres de cura, etc., estariam na ordem do dia. Referindo-se ao Advento do Messias e às bênçãos do reino, Isaías escrevera, «Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará: porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo» (Isaías 35.5,6).
Quando o Senhor Jesus veio como o Messias de Israel, pregando o evangelho do reino na terra dos Judeus, Ele realizou todos estes milagres de cura. Ele deu vista aos cegos, audição aos surdos, andar normal aos coxos, e fala aos mudos. Ele provou assim ser que era mesmo o Cristo de Deus, e Aquele de Quem os profetas tinham falado. Os milagres de Cristo eram assim as Suas credenciais para Israel, como Pedro declarou no dia de pentecostes: «Varões Israelitas, escutai estas palavras: a Jesus, Nazareno, Varão aprovado por Deus entre vós, com maravilhas, prodígios, e sinais, que Deus, por Ele, fez no meio de vós, como vós mesmo muito bem sabeis» (Act. 2.22).
Ninguém pode negar que o ministério terreno de nosso Senhor e o período coberto pelo Livro dos Actos foram ricos em manifestações miraculosas. Não se pode igualmente negar que, antes do término do período dos Actos, tais manifestações abundaram entre os membros Gentílicos do Corpo de Cristo.
Alguns defendem a ideia de que hoje em dia todos os verdadeiros crentes possuem os poderes miraculosos de Pentecostes, pois o Senhor afirmou explicitamente na Sua “grande comissão”: “E estes sinais seguir-se-ão aos que crerem ...” (Mar. 16:17-18). Outros crêem que a certas pessoas lhes é conferido o poder de operar milagres, especialmente milagres de cura. Porém, apesar desses clamores, Deus nos nossos dias não está a conferir aos homens poderes para a operação de milagres. Se “a grande comissão” com os seus sinais Pentecostais estivesse realmente a ser levada a cabo nos nossos dias, não haveria qualquer ou a menor objecção ao miraculoso, pois tanto salvos como perdidos foram igualmente obrigados a reconhecer os poderes miraculosos da era Pentecostal1 (Actos 3:11; 4:14, 16, etc.). Quanto à alegada evidência dos poderes sobrenaturais dos “curandeiros” Pentecostalistas: A Igreja Católica Romana, o movimento Unidade, a Ciência Cristã, e outros, que clamam possuir os poderes de cura, podem apresentar “evidências” inteiramente tão convincentes. Serão os seus poderes, então, também dados por Deus?
MILAGRES E ESPIRITUALIDADE
A razão que usualmente é apresentada para explicar a ausência desses poderes é a falta de fé e de espiritualidade. Se tivéssemos a fé dos crentes primitivos, dizem-nos; se fossemos tão espirituais como eles, também possuiríamos esses poderes miraculosos.
Não se pode negar que mesmo o crente mais consagrado se situa muito aquém dos padrões de espiritualidade estabelecidos por Deus, nem que existe uma verdadeira falta de espiritualidade entre os crentes em geral, nos nossos dias, porém isso não explica a sua incapacidade para operar milagres. Tal argumento é muito facilmente rebatido apenas com o caso dos Coríntios. Paulo chamou-os de bebés carnais, (I Cor. 3:1), e repreendeu-os severamente pela sua carnalidade, pelas suas “invejas, contendas e dissensões” (I Cor. 3:3), pela sua imoralidade (I Cor. 5:1), pela sua desonestidade e opressão mútua (I Cor.6:7-8), pela sua infidelidade no ofertar (I Cor.9:11-14), pelo seu egoísmo e orgulho (I Cor. 11:21:22), e exclamou: “Vós estais inchados, e nem ao menos vos entristecestes!” (I Cor. 5:2; cf. 4:18).
Ainda assim e apesar disso, esta mesma igreja em Corinto, nesta mesma conjuntura, abundava em dons miraculosos (I Cor. 1:7; 12:8-11; 14:12, 18, 26). A ausência desses poderes miraculosos hoje na Igreja tem que ter por isso uma outra explicação.
O SIGNIFICADO DOS SINAIS
Primeiramente deve ser notado o facto geral de que na história do Velho Testamento as demonstrações miraculosas prevaleceram e predominaram em tempos de grande crise, como por exemplo nos casos de Moisés e Arão e Elias e Eliseu.
Sem dúvida que a chamada de Israel ao arrependimento, desde o tempo de João Baptista até Pentecostes, e a oferta de Cristo a Israel para que O aceitassem foi a maior crise na história de Israel até então.
Em segundo lugar não devemos olvidar que os profetas predisseram que os milagres abundariam na vinda do Messias (Is. 35:5-6; etc.). Por isso é que lemos em Mateus 8:16-17:
“E chegada a tarde, trouxeram-Lhe muitos endemoninhados, e ele com a Sua Palavra expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos; PARA QUE SE CUMPRISSE O QUE FORA DITO PELO PROFETA ISAÍAS, QUE DIZ: QUE TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES, E LEVOU AS NOSSAS DOENÇAS”.
Foi também por isso que Pedro declarou em Pentecostes:
“Varões Israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão APROVADO POR DEUS ENTRE VÓS COM MARAVILHAS, PRODÍGIOS E SINAIS, que Deus por Ele fez no meio de vós, como vós mesmo bem sabeis” (Actos 2:22).
Assim Paulo escreve aos Romanos, dizendo que “Jesus Cristo foi ministro de circuncisão ... para que confirmasse as promessas feitas aos pais” (Rom. 15:8).
Em terceiro lugar devemo-nos lembrar que os milagres tiveram um significado especial em relação à expulsão de Satanás, há muito príncipe deste mundo (João 12:31), e ao estabelecimento do reino de Cristo, pois lemos em I João 3:8:
“... PARA ISTO O FILHO DE DEUS SE MANIFESTOU: PARA DESFAZER AS OBRAS DO DIABO”.
Assim, no seu ataque ao reino de Satanás, o Senhor disse:
“E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido conta si mesmo; como subsistirá pois o seu reino? MAS, SE EU EXPULSO OS DEMÓNIOS PELO ESPÍRITO DE DEUS, É POR CONSEGUINTE CHEGADO A VÓS O REINO DE DEUS” (Mat. 12:26, 28).
De acordo com isto, o Senhor também ordenou aos setenta para declararem em cada cidade o significado dos milagres que eles operavam lá:
“E CURAI OS ENFERMOS QUE NELA HOUVER, E DIZEI-LHES: É CHEGADO A VÓS O REINO DOS CÉUS” (Lucas 10:9).
No livro dos Actos é o mesmo pois, lembremo-nos que, os Actos são o relato e o registo do que o Senhor Jesus continuou a fazer e a ensinar após a sua ressurreição (Actos 1:1-2). Os milagres da era Pentecostal foram operados pelo Cristo ressuscitado. Assim, Pedro referindo-se a determinado caso declarou:
“E pela fé no Seu nome fez o Seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por Ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde: (Actos 3:16).
“SEJA CONHECIDO DE VÓS TODOS, E DE TODO O POVO DE ISRAEL, QUE EM NOME DE JESUS CRISTO, O NAZARENO, AQUELE A QUEM VÓS CRUCIFICASTES E A QUEM DEUS RESSUSCITOU DOS MORTOS, EM NOME DESSE É QUE ESTE ESTÁ SÃO DIANTE DE VÓS” (Actos 4:10).
Muitos, incluindo alguns crentes que, de facto, nasceram de novo, procuram perpetuar os milagres e sinais de Jesus de Nazaré. A maioria encontra-se num estado de completa ignorância sobre o que a Palavra de Deus diz.
Deus, hoje, fala apenas pelas Escrituras. Se quisermos conhecer a vontade de Deus para nós temos de a conhecer apenas nas páginas do Seu Livro Santo. É verdade que, na Bíblia, temos o registo de muitas curas, milagres, sinais e maravilhas. Contudo, se estes buscadores de sinais estudarem, de facto, a Palavra de Deus, e a manejarem bem, descobrirão que com a rejeição da nação de Israel, Deus abandonou o Seu programa de sinais e introduziu a presente dispensação da graça de Deus, que é uma dispensação desprovida de sinais. Paulo é claro, quando diz aos Coríntios e a nós: «... andamos por fé, e não por vista» (2 Cor. 5.7).
OS SINAIS MIRACULOSOS
Enquanto a mensagem esteve a ser proclamada a Israel, como nação, os sinais encontravam-se em evidência, pois «os Judeus pedem sinal» (I Cor. 1.22). Eles requeriam sinais, e faziam-no correctamente, pois a s suas escrituras do Velho testamento tinham predito o facto de que quando o Messias viesse estabelecer o Seu reino, os sinais, os milagres de cura, etc., estariam na ordem do dia. Referindo-se ao Advento do Messias e às bênçãos do reino, Isaías escrevera, «Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará: porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo» (Isaías 35.5,6).
Quando o Senhor Jesus veio como o Messias de Israel, pregando o evangelho do reino na terra dos Judeus, Ele realizou todos estes milagres de cura. Ele deu vista aos cegos, audição aos surdos, andar normal aos coxos, e fala aos mudos. Ele provou assim ser que era mesmo o Cristo de Deus, e Aquele de Quem os profetas tinham falado. Os milagres de Cristo eram assim as Suas credenciais para Israel, como Pedro declarou no dia de pentecostes: «Varões Israelitas, escutai estas palavras: a Jesus, Nazareno, Varão aprovado por Deus entre vós, com maravilhas, prodígios, e sinais, que Deus, por Ele, fez no meio de vós, como vós mesmo muito bem sabeis» (Act. 2.22).
Ninguém pode negar que o ministério terreno de nosso Senhor e o período coberto pelo Livro dos Actos foram ricos em manifestações miraculosas. Não se pode igualmente negar que, antes do término do período dos Actos, tais manifestações abundaram entre os membros Gentílicos do Corpo de Cristo.
Alguns defendem a ideia de que hoje em dia todos os verdadeiros crentes possuem os poderes miraculosos de Pentecostes, pois o Senhor afirmou explicitamente na Sua “grande comissão”: “E estes sinais seguir-se-ão aos que crerem ...” (Mar. 16:17-18). Outros crêem que a certas pessoas lhes é conferido o poder de operar milagres, especialmente milagres de cura. Porém, apesar desses clamores, Deus nos nossos dias não está a conferir aos homens poderes para a operação de milagres. Se “a grande comissão” com os seus sinais Pentecostais estivesse realmente a ser levada a cabo nos nossos dias, não haveria qualquer ou a menor objecção ao miraculoso, pois tanto salvos como perdidos foram igualmente obrigados a reconhecer os poderes miraculosos da era Pentecostal1 (Actos 3:11; 4:14, 16, etc.). Quanto à alegada evidência dos poderes sobrenaturais dos “curandeiros” Pentecostalistas: A Igreja Católica Romana, o movimento Unidade, a Ciência Cristã, e outros, que clamam possuir os poderes de cura, podem apresentar “evidências” inteiramente tão convincentes. Serão os seus poderes, então, também dados por Deus?
MILAGRES E ESPIRITUALIDADE
A razão que usualmente é apresentada para explicar a ausência desses poderes é a falta de fé e de espiritualidade. Se tivéssemos a fé dos crentes primitivos, dizem-nos; se fossemos tão espirituais como eles, também possuiríamos esses poderes miraculosos.
Não se pode negar que mesmo o crente mais consagrado se situa muito aquém dos padrões de espiritualidade estabelecidos por Deus, nem que existe uma verdadeira falta de espiritualidade entre os crentes em geral, nos nossos dias, porém isso não explica a sua incapacidade para operar milagres. Tal argumento é muito facilmente rebatido apenas com o caso dos Coríntios. Paulo chamou-os de bebés carnais, (I Cor. 3:1), e repreendeu-os severamente pela sua carnalidade, pelas suas “invejas, contendas e dissensões” (I Cor. 3:3), pela sua imoralidade (I Cor. 5:1), pela sua desonestidade e opressão mútua (I Cor.6:7-8), pela sua infidelidade no ofertar (I Cor.9:11-14), pelo seu egoísmo e orgulho (I Cor. 11:21:22), e exclamou: “Vós estais inchados, e nem ao menos vos entristecestes!” (I Cor. 5:2; cf. 4:18).
Ainda assim e apesar disso, esta mesma igreja em Corinto, nesta mesma conjuntura, abundava em dons miraculosos (I Cor. 1:7; 12:8-11; 14:12, 18, 26). A ausência desses poderes miraculosos hoje na Igreja tem que ter por isso uma outra explicação.
O SIGNIFICADO DOS SINAIS
Primeiramente deve ser notado o facto geral de que na história do Velho Testamento as demonstrações miraculosas prevaleceram e predominaram em tempos de grande crise, como por exemplo nos casos de Moisés e Arão e Elias e Eliseu.
Sem dúvida que a chamada de Israel ao arrependimento, desde o tempo de João Baptista até Pentecostes, e a oferta de Cristo a Israel para que O aceitassem foi a maior crise na história de Israel até então.
Em segundo lugar não devemos olvidar que os profetas predisseram que os milagres abundariam na vinda do Messias (Is. 35:5-6; etc.). Por isso é que lemos em Mateus 8:16-17:
“E chegada a tarde, trouxeram-Lhe muitos endemoninhados, e ele com a Sua Palavra expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos; PARA QUE SE CUMPRISSE O QUE FORA DITO PELO PROFETA ISAÍAS, QUE DIZ: QUE TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES, E LEVOU AS NOSSAS DOENÇAS”.
Foi também por isso que Pedro declarou em Pentecostes:
“Varões Israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão APROVADO POR DEUS ENTRE VÓS COM MARAVILHAS, PRODÍGIOS E SINAIS, que Deus por Ele fez no meio de vós, como vós mesmo bem sabeis” (Actos 2:22).
Assim Paulo escreve aos Romanos, dizendo que “Jesus Cristo foi ministro de circuncisão ... para que confirmasse as promessas feitas aos pais” (Rom. 15:8).
Em terceiro lugar devemo-nos lembrar que os milagres tiveram um significado especial em relação à expulsão de Satanás, há muito príncipe deste mundo (João 12:31), e ao estabelecimento do reino de Cristo, pois lemos em I João 3:8:
“... PARA ISTO O FILHO DE DEUS SE MANIFESTOU: PARA DESFAZER AS OBRAS DO DIABO”.
Assim, no seu ataque ao reino de Satanás, o Senhor disse:
“E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido conta si mesmo; como subsistirá pois o seu reino? MAS, SE EU EXPULSO OS DEMÓNIOS PELO ESPÍRITO DE DEUS, É POR CONSEGUINTE CHEGADO A VÓS O REINO DE DEUS” (Mat. 12:26, 28).
De acordo com isto, o Senhor também ordenou aos setenta para declararem em cada cidade o significado dos milagres que eles operavam lá:
“E CURAI OS ENFERMOS QUE NELA HOUVER, E DIZEI-LHES: É CHEGADO A VÓS O REINO DOS CÉUS” (Lucas 10:9).
No livro dos Actos é o mesmo pois, lembremo-nos que, os Actos são o relato e o registo do que o Senhor Jesus continuou a fazer e a ensinar após a sua ressurreição (Actos 1:1-2). Os milagres da era Pentecostal foram operados pelo Cristo ressuscitado. Assim, Pedro referindo-se a determinado caso declarou:
“E pela fé no Seu nome fez o Seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por Ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde: (Actos 3:16).
“SEJA CONHECIDO DE VÓS TODOS, E DE TODO O POVO DE ISRAEL, QUE EM NOME DE JESUS CRISTO, O NAZARENO, AQUELE A QUEM VÓS CRUCIFICASTES E A QUEM DEUS RESSUSCITOU DOS MORTOS, EM NOME DESSE É QUE ESTE ESTÁ SÃO DIANTE DE VÓS” (Actos 4:10).
E da mesma forma que nos é dito que Cristo foi “aprovado por Deus” por meio de sinais miraculosos, também nos é dito em Heb. 2:3-4 acerca da “grande salvação”
“... a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;
“TESTIFICANDO TAMBÉM DEUS COM ELES, POR SINAIS, E MILAGRES, E VÁRIAS MARAVILHAS E DONS DO ESPÍRITO SANTO, DISTRIBUÍDOS POR SUA VONTADE”.
Esta “grande salvação”, que “começou a ser anunciados pelo Senhor”, certamente era a de Mateus 1:21 e a de Lucas 1:67-77, e dizia respeito ao reino de Cristo na terra. E depois disto esta mensagem foi “confirmada ... por aqueles que a ouviram”. Assim Pedro ofereceu a Israel os tempos do refrigério e o retorno de Cristo, na condição de eles se arrependerem e se volverem para Ele (Actos 3:19-20).
E assim Deus confirmou o Messiado de nosso Senhor com poderosos sinais e maravilhas, tanto durante o Seu ministério terreno, como após a Sua ascensão ao céu.
OS MILAGRES ENTRE OS GENTIOS
Qual foi então a razão para os dons miraculosos entre os Gentios, especialmente sob o ministério de Paulo? Mesmo esses estavam indirectamente associados com o reino Messiânico.
Não nos devemos esquecer que embora Paulo estivesse comissionado com uma outra comissão e “o evangelho da graça de Deus”, confirmou contudo a mensagem de Pedro e proclamou e provou aos Judeus em toda a parte que “Jesus é o Cristo”, pois a oferta do reino em Pentecostes não foi oficialmente removida antes de Actos 28:28. Assim, não é estranho essas confirmações miraculosas dos direitos reais de Cristo até esse tempo.
Também nos devemos lembrar da declaração inspirada que diz, “os Judeus pedem sinal” (I Cor. 1:22). Assim, a única via por meio da qual eles podiam dizer que o novo programa era de Deus, era o facto de Paulo ter todos “os sinais de um apóstolo” (II Cor.12:11-12, e de os Gentios crentes também possuírem poderes miraculosos. Mesmo antes que Paulo fosse aos Gentios, Pedro foi enviado à primeira família Gentílica para ser assim convencido. Notemos o relato a respeito disto:
“E os fieis que eram da circuncisão, todos quanto tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o Dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os Gentios.
“PORQUE OS OUVIAM FALAR LÍNGUAS, E MAGNIFICAR A DEUS” (Actos 10:45-46).
A REMOÇÃO DOS DONS MIRACULOSOS
Com a nação de Israel posta de parte não houve mais necessidade de dons miraculosos. As epístolas de Paulo posteriores à rejeição final da nação não reconhecem mais tais dons como estando em vigor.
Na verdade, na sua primeira carta aos Coríntios, o apóstolo tornou claro que os poderes miraculosos seriam removidos:
“O AMOR NUNCA FALHA; MAS HAVENDO PROFECIAS, SERÃO ANIQUILADAS; HAVENDO LÍNGUAS, CESSARÃO ; HAVENDO CONHECIMENTO, DESAPARECERÁ” (I Cor. 13:8).
Certamente que Paulo não queria dizer que as predições sobrenaturais não se cumpririam, nem que os homens deixariam de falar ou conhecer. Ele referia-se aos dons miraculosos de profecia, de línguas e de conhecimento. Esses dons seriam removidos.
“AGORA, POIS, PERMANECEM A FÉ, A ESPERANÇA E O AMOR, ESTES TRÊS, MAS O MAIOR DESTES É O AMOR” (I Cor. 13:13).
Quanto aos milagres de cura, os que eram curados pelo Senhor e pelos Seus seguidores teriam sem dúvida entrado no reino e continuado a viver - não experimentariam, pois a morte - tivesse o reino sido estabelecido, mas agora que Israel rejeitara Cristo e o seu reino, todos os curados morreram, pois o programa para o estabelecimento do reino foi suspenso. Assim, não foi porque o Senhor tivesse falhado que os que Ele curou não permaneceram vivos e bem; foi porque o reino foi recusado e “este presente século mau” estabelecido no mundo.
Nas primeiras cartas de Paulo há abundantes provas de que o dom de curar estava já a ser removido, pois nelas ele diz:
“PORQUE SABEMOS QUE TODA A CRIAÇÃO GEME E ESTÁ JUNTAMENTE COM DORES DE PARTO ATÉ AGORA. E NÃO SÓ ELA, MAS NÓS MESMOS, QUE TEMOS AS PRIMÍCIAS DO ESPÍRITO, TAMBÉM GEMEMOS EM NÓS MESMOS, ESPERANDO A ADOPÇÃO, A SABER, A REDENÇÃO DO NOSSO CORPO” (Rom. 8:22-23).
“E POR ISSO TAMBÉM GEMEMOS DESEJANDO SER REVESTIDOS DA NOSSA HABITAÇÃO, QUE É DO CÉU” (II Cor. 5:2).
Acrescentaremos a estas passagens declarações tais como as seguintes: “ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, se renova, contudo, de dia em dia” (II Cor 4:16), “Foi-me dado um espinho na carne ... a fim de me não exaltar” (II Cor. 12:7), “E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e grande tremor” (I Cor. 2.3), “e vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza (enfermidade) da carne” (Gál. 4:13), “Quem enfraquece que eu também não enfraqueça?” (II Cor. 11:29), “Epafrodito ... esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele” (Fil. 2:25-27), “Deixei Trófimo em Mileto doente” (II Tim. 4:20), “Usa um pouco de vinho, por causa de teu estômago e das tuas frequentes enfermidades” (I Tim. 5:23).
SENTINDO PRAZER NAS ENFERMIDADES
O dom de curar, então, estava a ser removido quando Paulo escreveu as suas primeiras epístolas. Contudo Deus substituiu-o por algo melhor, pois fomos “abençoados com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais” (Ef. 1:3): Na verdade, a nossa elevada e santa vocação, a nossa posição perfeita em Cristo, a nossa riqueza espiritual, podiam bem ensoberbecer-nos e exaltar-nos, não permitisse Deus que fossemos visitados pela aflição corporal (II Cor. 12:7). Entretanto Ele assegura-nos: “A Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Cor. 12:9). Assim, estas aflições tornam-se e convertem-se em bênçãos disfarçadas e servem para fortalecer numa maior medida a comunhão com Deus. É por isso que o apóstolo Paulo continua e diz;
“... DE BOA VONTADE POIS ME GLORIAREI NAS MINHAS FRAQUEZAS (ENFERMIDADES) PARA QUE EM MIM HABITE O PODER DE CRISTO.
“PELO QUE SINTO PRAZER NA FRAQUEZAS, NAS INJÚRIAS, NAS NECESSIDADES, NAS PERSEGUIÇÕES, NAS ANGÚSTIAS, POR AMOR DE CRISTO. PORQUE QUANDO ESTOU FRACO ENTÃO SOU FORTE” (II Cor. 12:9-10).
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1 Referimo-nos a dons e a manifestações sobrenaturais. Certamente que reconhecemos que estão constantemente a ser operados milagres à nossa volta, mas enquanto, por exemplo, Deus pode curar miraculosamente os enfermos, segundo a sua vontade, nos nossos dias não usa “curandeiros divinos” para realizar isso, nem nós temos o direito de clamar a cura física na presente dispensação, isto é, de por exemplo dizer: “Em nome de Jesus Cristo levanta-te e anda!”. Como alguém disse, e bem, “Apesar de haver por aí “curandeiros” a taxa da mortalidade ainda é ‘per capita’!”. Há sempre um momento em que a cura não funciona.
2 Após a morte e ressurreição do Senhor Jesus foi dada aos Judeus uma segunda oportunidade para se arrependerem e receberem a bênção de Deus. Quando se tornou aparente que desdenhariam de novo da oferta, Deus chamou o apóstolo Paulo com o propósito de o enviar aos Gentios.
Apesar de ser verdade que durante esse período houve uma rejeição gradual de Israel, quando chegamos a Actos 28, Deus pôs definitivamente de parte Israel (Ver. 28) - «Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão».
Até essa altura é natural encontrarmos sinais , maravilhas e diversos milagres. Deus ainda não tinha posto definitivamente Israel de parte. Mas a partir de então em vão procuraremos um único milagre.
Ainda se encontram milagres, como curas e línguas na epístola aos Coríntios, porque esta foi escrita antes de Paulo chegar a Roma preso (Actos 28). As epístolas que ele escreveu a partir de então, chamadas prisionais, são as que foram escritas quando Israel estava definitivamente posta de parte e a dispensação da graça estava plenamente em vigor. Em vão se encontram ali vestígios de algum sinal ou maravilha.
3 É importante lembrar aqui que quando o Senhor Jesus falou na implementação do dom de línguas disse que todo o que cresse para a salvação falaria novas línguas (Marcos 16.16,17). Depois, como resultado da incredulidade da nação de Israel, Paulo disse, «falam todos diversas línguas?» (I Cor. 12.30). Em I Coríntios 13.8 ele rematou, «havendo línguas, cessarão». Poderá haver algo mais claro quanto à fita do tempo de Deus para o dom de línguas?



