14-01-2025 - Líderes religiosos unem-se contra a legalização do ‘suicídio assistido’ na Inglaterra
Religiosos de diferentes correntes resolveram unir-se contra a tramitação de um projeto de lei que visa legalizar o chamado “suicídio assistido” na Inglaterra, algo que, infelizmente, vem sendo debatido com maior frequência em alguns países.
Diferentemente da eutanásia, quando uma equipa médica administra a medicação letal na pessoa que decide morrer, no suicídio assistido é o próprio indivíduo que recebe a autorização de um médico para administrar em si mesmo a droga que lhe causará a morte.
29 líderes religiosos de diferentes quadrantes, incluindo Judeus e Ortodoxos então, resolveram assinar um documento comum apresentando razões pelas quais essa prática não deve ser autorizada.
Um dos argumentos apresentados por eles envolve a possibilidade de pessoas optarem pelo suicídio assistido por sofrerem pressão emocional e abuso psicológico, sendo isso o resultado não de uma escolha pessoal, em si, nas o fruto de uma condição de vulnerabilidade.
“Se a lei mudasse, veríamos pessoas com doença terminal sentindo que deveriam aceitar o suicídio assistido porque (como tem sido o caso de mais de 47% daqueles que buscam o suicídio assistido em Oregon e mais de 59% no Estado de Washington) eles sentiriam que eram um fardo para amigos e familiares”, diz o documento.
Função e assistência
Alguns dos argumentos incluem a natureza da função religiosa. Neste caso, os líderes cristãos disseram que não podem concordar com a morte consentida porque isso contraria a vocação ministerial.
“Parte do papel dos líderes de fé nas comunidades é fornecer cuidados espirituais e pastorais aos doentes e aos moribundos. Nós seguramos as mãos dos entes queridos nos seus últimos dias, oramos com as famílias antes e depois da morte. É a essa vocação que fomos chamados, e é a partir dessa vocação que escrevemos”, dizem os líderes.
Por fim, outro forte argumento contra o suicídio assistido diz respeito à oferta de cuidados paliativos de qualidade. Eles sugerem que, na prática, pessoas podem querer optar por essa prática por temerem o sofrimento em vida, mas pela falta de suporte adequado, seja emocional ou físico.
- in Christian Today
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