O verdadeiro melhor amigo
Dois amigos caminhavam pelo deserto. Num certo ponto, eles tiveram uma discussão e um deles deu uma estalada na cara do outro.
O rapaz que recebeu a bofetada ficou muito triste, e sem dizer nada, escreveu na areia: "Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada na cara".
Eles continuaram a andar até encontrarem um oásis com um lindo lago, onde pararam para se refrescar. O rapaz que levou a estalada caiu num buraco com lama e começou a afundar-se, todavia o seu amigo salvou-o. Depois que ele se recuperou deste choque, escreveu numa pedra: "Hoje, o meu melhor amigo salvou a minha vida”.
Curioso, o amigo que bateu nele e o salvou perguntou: "Quando eu te dei um tabefe, escreveste na areia. Agora que te salvei, escreveste na pedra. Porquê?"
O outro amigo respondeu: "Quando alguém nos magoa, devemos registar na areia, onde os ventos do perdão podem apagar o registo. Mas, quando alguém nos faz algo de bom, devemos gravar o facto em pedra, onde nenhum vento possa apagar o registo”.
Se analisarmos nossa vida percebemos que muitas vezes magoamos as outras pessoas e também elas nos magoam. Inevitavelmente, por sermos pecadores fazemos coisas que desagradam a Deus e ao nosso próximo e também as pessoas que estão à nossa volta.
Mas, e como lidamos com isso? Tentamos negar? Colocar a culpa no outro? Ou assumimos as nossas falhas?
Em primeiro lugar é preciso refletir sobre como Deus age em relação a nós. A história descrita acima também nos faz refletir sobre isso. Como é que Deus nos perdoa? Os nossos pecados são como palavras escritas na areia da praia. Com as “ondas do mar” da morte de Jesus na cruz os nossos pecados foram apagados, perdoados. E quem faz as ondas chegarem até a beira da praia é o “vento” do Espírito Santo, que empurra estas ondas. Por outro lado, vemos que o grande amor de Deus é algo que foi escrito na “pedra”, pois nada neste mundo nos pode separar do grande amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8.39).
E Deus quer que reflitamos isso também em nossa vida perdoando-nos uns aos outros. Deus não quer que escrevamos na pedra as coisas que nos magoam.
Um dia Pedro perguntou a Jesus se ele devia perdoar sete vezes alguém que o tinha magoado (Pedro chutou o número sete pensando que já era muito).
E Jesus disse: não deves perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes (Mt 18.22). Perdoar sempre! Deus deu-nos o grande presente do perdão em Jesus Cristo. Vamos celebrar este grande presente de Deus perdoando-nos uns aos outros. E lembre-se: se alguém o magoar, escreva isso na areia e não na pedra.
APRENDE A ESCREVER AS TUAS FERIDAS NA AREIA e A GRAVAR EM PEDRA TUDO O QUE TE ACONTEÇA DE BOM.
