Um tipo errado de servo

Cursos e Recursos Ministeriais para o Crescimento da Igreja: Como servir a  Deus 

 

     Não sabeis vós que, a quem vos apresentardes por servos, para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo  sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. (Romanos 6:16,17).

      A Bíblia fala muito sobre servir a Deus; Romanos 6:17, porém, acrescenta o aspecto de o fazer “de coração”. Um excelente exemplo de alguém que serviu a Deus, mas não de coração, é Jeú, Rei de Israel.

     Esperarias provavelmente encontrar Jeú, listado como o único Rei de Israel durante o Reino dividido, que não está listado como sendo um rei mau. Conhecido principalmente por ter ordenado aos eunucos que lançassem Jezabel pela janela e a levassem à morte, Jeú foi o instrumento de Deus para exercer o julgamento sobre a casa de Acabe (2 Reis 9:7 cf. 1 Reis 21:17-24). Mas Jeú também seria o próximo na linhagem dos reis de Israel a procurar servir-se a si mesmo acima do Deus de Israel.

     O Reino do Norte de Israel esteve em declínio constante nos 90 anos desde a divisão do reino, e Jeroboão I começou a governar em 931 AC. Escolhendo a idolatria em vez de servir a Deus, Jeroboão e aqueles que o seguiram quiseram distanciar-se de uma postura de obediência a Deus. Não percebendo que, ao quererem libertar-se das restrições do serviço a Deus e ao preferirem procurar um falso sentido de liberdade, tudo o que estavam a fazer era produzir para si próprios um novo tipo de escravatura. Aqueles que colocam qualquer coisa no lugar que só pertence a Deus não se veem livres, mas são escravizados por tal coisa.

     Jeú agiu rapidamente quando foi ungido por Deus para ser Rei e recebeu a ordem de destruir toda a casa de Acabe (2 Reis 9:6-8). No seu zelo, ele matou os reis de Israel e de Judá (Jorão e Acazias), Jezabel, setenta filhos de Acabe, quarenta e dois parentes do rei Acazias de Judá, e todos os profetas, sacerdotes e adoradores de Baal. Ele também tirou “… as estátuas da casa de Baal, e as queimaram.” (2 Reis 10:26). Alguns questionam se ele foi além do que o seu mandato exigia, mas Deus aprovou e elogiou Jeú (2 Reis 10:30). Infelizmente, parece que Jeú fez isso mais para o seu próprio benefício do que para servir a Deus. Pois o versículo seguinte (v. 31) diz que Jeú “não teve cuidado de andar, com todo o seu coração, na lei do Senhor, Deus de Israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel.”

     Jeú foi rápido em servir a Deus quando se serviu a si mesmo, mas como muitos outros, ele foi rápido em se recusar a servir a Deus quando isso não se enquadrava com os seus planos e desejos - demonstrando que o seu serviço a Deus nunca veio do coração, mas de conveniência. O resultado da recusa de Jeú em servir a Deus significou que o seu reino seria abreviado (2 Reis 10:32 cf. Os. 1:4), e ele se veria a servir ao homem em vez de a Deus.

     O plano de Deus para Israel era que eles O servissem, e nunca que precisassem se tornar servos dos Gentios. Mas ao recusar-se a servir a Deus significava que Israel se via constantemente obrigado a servir os Gentios e os seus reis. Para Jeú, isso significou servir Salmaneser III da Assíria, do qual temos a primeira imagem de uma nação pagã a dominar um rei de Israel. E o que esse rei de Israel está a fazer? A imagem é de Jeú a curvar-se em serviço a Salmaneser.

     Descoberto em 1846, o Obelisco Negro detalha a submissão de Jeú e o envio de tributo de prata, ouro, estanho e até mesmo um cetro real para simbolizar o domínio da Assíria sobre o Reino de Israel. Não querendo prestar o devido tributo ao Senhor e servi-Lo, ele prontificou-se a curvar-se em submissão a um rei gentio.

     O rei Jeú serviu a Deus de acordo com os seus termos e não de coração, o que significa que ele nunca serviu realmente a Deus, mas a si mesmo. Não é nenhuma surpresa, então, que Paulo diga que o nosso serviço deve ser “não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade, como ao Senhor, e não como aos homens.” (Efésios 6: 6,7).

     Não basta servir a Deus quando nos convém; Deus procura aqueles que O sirvam quando é fácil e quando é difícil, quando se está no centro das atenções ou nas sombras, quando se é reconhecido como líder ou esquecido entre os homens. Mas podemos ter a certeza do seguinte: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Coríntios 15:58).

Por Don Hosfeld

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