Seja Alegre XXIII

w_wiersbe_warren.jpgFACTORES INTERNOS E EXTERNOS DA VIDA CRISTÃ

(Filipenses 2:12-18)

     «Poucas coisas são mais difíceis de suportar» — escreveu Mark Twain — «do que o incómodo causado por um bom exemplo.» Talvez o que nos incomode mais num bom exemplo seja exactamente a incapacidade de realizar nas nossas próprias vidas idênticas proezas. A admiração por uma pessoa importante pode inspirar-nos, mas não nos transmite capacidade. A menos que a pessoa entre nas nossas próprias vidas e partilhe connosco os seus dons, não chegaremos a atingir os seus níveis elevados de realização. É preciso mais do que um simples exemplo externo; é preciso poder interno.

     Paulo apresentou exactamente Jesus Cristo como nosso grande exemplo no exercício duma mente submissa. Lemos as suas palavras e concordamos com elas, mas que faremos para as pôr em prática?

     Como é que qualquer homem mortal pode alguma vez esperar conseguir o que Jesus Cristo conseguiu? Parece quase presunção da nossa parte tentá-lo! Aqui estamos nós, procurando desenvolver a humildade na nossa vida, e, afinal, estamos a revelar orgulho ao ousarmos imitar o Senhor Jesus Cristo!

     O problema não é de facto assim tão difícil. Paulo não nos pede para «chegarmos às estrelas», embora quanto mais alto estiver o alvo, mais devamos atingir. Em vez disso, ele põe diante de nós o padrão divino para a mente submissa e o poder divino para realizar o que Deus tem ordenado. «É Deus quem opera em vós» (2:13). Não é por imitação, mas por incarnação — «Cristo vive em mim» (Gál. 2:20). A vida cristã não consiste numa série de altos e baixos. É antes um processo de «factores internos e externos.» Deus trabalha dentro e nós trabalhamos fora. Cultivamos a mente submissa respondendo à provisão divina que Deus põe à nossa disposição.       

Warren W. Wiersbe