O propósito da oração
Mas a oração não é meramente petição, como muitos supõem. É um dos aspectos da comunhão activa com Deus (sendo a meditação da Palavra o outro) e inclui adoração, acções de graças e confissão, bem como a súplica. Hyde, na God’s Education of Man (A Educação do Homem de Deus), Págs. 154, 155, diz: “A oração é a comunhão de duas vontades, em que o finito se liga ao Infinito, e, como o trólei, apropria-se do seu propósito e poder.”
Nós temos um exemplo disto no registo da oração do nosso Senhor no jardim, pois, apesar de Ele não estar a ser classificado com os homens finitos, ainda assim pôs de parte a Sua glória, tornou-se “servo” (Fil. 2:7) e “aprendeu a obediência” (Heb. 5:8; Fil. 2:8). Neste lugar de sujeição Ele fez pedidos definidos e veementes ao Seu Pai, mas terminou a Sua oração com as palavras: “… todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua” (Luc. 22:42) com o resultado de Ele ter sido “confortado [ou, fortalecido]” (Ver. 43).
Assim a oração não é meramente um meio de se “obter coisas de Deus”, mas um meio de comunhão com Deus designado por Ele, e toda a oração aceitável incluirá a súplica – tão sinceramente desejada como o resto: “… todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua.”
Cornelius R. Stam