O pecado é um facto insofismável
A extensão universal do pecado humano não é uma verdade que pode ser conhecida apenas por revelação. É um facto da nossa própria experiência quotidiana. Vemo-lo quando lemos uma história ou o jornal. Vemo-lo enquanto viajamos pelo exterior ou nos misturamos com outros homens, nossos semelhantes. Vemo-lo no nosso próprio lar. Vemo-lo nas nossas próprias vidas.
Quase toda a nossa legislação, quer sejam leis propriamente ditas ou simples decretos internos, tem-se desenvolvido porque os seres humanos não podem ser confiados no estabelecimento das suas disputas com honestidade e sem interesse próprio.
Muitos dos acontecimentos da sociedade civilizada não existiriam se não fosse por causa do pecado humano.
Uma promessa não é suficiente; precisamos de um contrato. Portas não bastam; temos que fechá-las a sete chaves. O pagamento de taxas não é suficiente; temos que receber recibos. A lei e a ordem não chegam; precisamos da polícia para reforçá-la. Todas estas coisas - e muitas mais - com as quais ficamos tão acostumados a ponto de admiti-las naturalmente, são devidas ao nosso pecado.
John Stott
Cristianismo Básico, p. 71, 72.